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Os efeitos surpreendentes do estresse no corpo e como fazê-lo funcionar a seu favor 14614q

A maioria dos adultos apresenta regularmente sintomas de estresse, desde dor de cabeça até ansiedade. 2p5r3a

Embora um pouco de estresse possa ser útil, o estresse crônico causa danos ao nosso corpo.

Especialistas em saúde afirmam que ele pode contribuir diretamente para uma série de distúrbios psicológicos e fisiológicos, prejudicando a saúde mental e física e diminuindo a qualidade de vida.

Mas é possível assumir o controle desta narrativa — e transformar o estresse em uma fonte de resiliência, em vez de exaustão.

O que é estresse?
O estresse é uma resposta natural que prepara o corpo para reagir a desafios e demandas.

Ele desencadeia a liberação de hormônios que preparam o corpo para enfrentar uma situação difícil pela frente.

A curto prazo, esta reação pode aumentar o foco e melhorar o desempenho.

Mas o estresse prolongado leva a sérios problemas de saúde, incluindo ansiedade, doenças cardíacas e baixa imunidade, de acordo com a Associação Americana de Psicologia.

Fatores que provocam estresse — incluindo trabalho, problemas financeiros e relacionamentos pessoais — são frequentemente inevitáveis, mas a principal diferença está na duração do estresse. O estresse agudo é de curto prazo e pode ser benéfico, enquanto o estresse crônico gera uma tensão duradoura no corpo.

Estresse agudo x estresse crônico
"O estresse agudo é uma resposta de curto prazo a uma situação específica e, em alguns casos, pode ser útil", diz a psicoterapeuta Rachel Vora, membro da Associação Britânica de Terapia e Psicoterapia (BA, na sigla em inglês), à BBC.

"Ele aciona a resposta de 'luta ou fuga', liberando adrenalina e cortisol, que podem melhorar o foco e oferecer um reforço temporário ao sistema imunológico."

Quando gerenciado adequadamente, o estresse agudo não causa danos duradouros — e pode ajudar as pessoas a responder de forma eficaz aos desafios imediatos. Já o estresse crônico gera uma tensão prolongada no corpo.

O que é a colina, nutriente vital para o cérebro (e em quais alimentos é encontrada) 3w5z3g

Talvez você ainda não tenha ouvido falar da colina. Mas estudos demonstram que ela é fundamental para a nossa saúde, em várias etapas da vida.

A colina não é vitamina, nem mineral. É um composto orgânico vital para o funcionamento saudável do sistema nervoso humano.

Existem, agora, novas evidências que demonstram que o aumento do consumo de colina pode trazer diversos efeitos poderosos. Eles variam desde o aumento do desempenho cognitivo até a proteção contra distúrbios do desenvolvimento neurológico, incluindo o transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) e a dislexia.

O nutriente também parece desempenhar papel significativo no neurodesenvolvimento humano.

Em um estudo, mães que tomaram suplementos de colina durante a gravidez deram à luz bebês com maior velocidade de processamento de informações, o que é uma medida do funcionamento cognitivo saudável.

Os cientistas afirmam que a colina é um nutriente maravilhoso, que foi imensamente subestimado.

Mas de onde vem a colina? E será que estamos conseguindo quantidade suficiente desta substância?

As incríveis chuvas de meteoros que poderão ser observadas do Brasil 3k6g3a

As populares "estrelas cadentes" rasgam o céu durante a madrugada e garantem um belo espetáculo para quem decidir dormir tarde — ou acordar cedo — para observá-las.

Conhecidos oficialmente como chuvas de meteoros, esses fenômenos têm data para acontecer — e alguns deles são mais visíveis em certas partes do globo, a depender da posição das constelações no céu, a ausência de nuvens e a fase da Lua naquela determinada noite.

Astrônomos ouvidos pela BBC News Brasil destacam cinco chuvas de meteoros que valem a pena ser observadas a partir do Hemisfério Sul: a Eta-Aquáridas, a Delta-Aquáridas do Sul, a Geminídeas, a Oriônidas e a Leônidas.

 Mas quando elas vão acontecer? E qual a melhor maneira de vê-las? Confira no guia abaixo as principais informações sobre esses eventos astronômicos.

O que são chuvas de meteoros?

Os meteoros nada mais são do que o rastro dos cometas — grandes objetos feitos de poeira e gelo que surgiram a partir da formação do Sistema Solar há 4,6 bilhões de anos.

"Os cometas têm uma órbita ao redor do Sol que é muito mais demorada e alongada. Essas pedras de gelo ficam muito afastadas, na periferia do Sistema Solar", explica o astrônomo Thiago Signorini Gonçalves, diretor do Observatório do Valongo da Universidade Federal do Rio de Janeiro.

 "As órbitas deles são alteradas de tal forma que eles são 'jogados' na direção do Sol. Mas daí o Sol funciona quase como um estilingue, que acelera os cometas de volta e os arremessa onde estavam anteriormente", complementa o especialista.

Os três erros de Einstein 643r6c

Até mesmo os gênios são humanos.

Albert Einstein pode ser o pai da teoria da relatividade, e o físico que explorou e explicou a gravidade e a luz. Mas até ele, às vezes, não tinha fé em suas próprias teorias.

Essa insegurança o levou a cometer alguns erros.

A 'maior mancada'
Enquanto trabalhava em sua teoria da relatividade geral, os cálculos de Einstein sugeriam que a gravidade faria o Universo se contrair ou expandir, o que contrariava a visão aceita na época de que o Universo era estático.

Assim, em seu artigo de 1917 sobre a relatividade geral, Einstein inseriu uma "constante cosmológica" em suas equações para neutralizar efetivamente o impacto da gravidade, aderindo assim à ortodoxia de que o Universo era estático.

A floresta que 'brotou' no meio do entulho em São Paulo com plantio de 41 mil mudas 464b5b

Nas últimas duas décadas, uma área na Zona Leste de São Paulo — uma das regiões mais populosas da cidade — viu brotar uma verdadeira floresta onde antes só havia entulho e um terreno degradado.

Com o plantio de dezenas de milhares de árvores, o agora Parque Linear Tiquatira virou um refúgio de lazer e atividade física para os moradores do local, que fica na Vila São Geraldo, na divisa entre os distritos da Penha e do Cangaíba.

Mais que isso, a existência dessa enorme área verde numa região densamente populada ajuda a lidar com o calor, segundo cientistas e frequentadores, e atrai para a região muitas espécies de aves e outros seres vivos, que não eram vistos ali há muito tempo.

E todo esse projeto começou com a iniciativa de uma pessoa: Hélio da Silva.

Aos 73 anos, ele é mais conhecido como "o plantador de árvores", graças ao trabalho que tomou para si nos últimos 22 anos.

Nesse período, Silva plantou mais de 41 mil mudas, todas devidamente registradas em fichários e cadernos, e motivou a criação desse parque linear na capital paulista.

Teimosia para vencer a resistência

Silva nasceu na cidade de Promissão, no interior paulista, e mudou-se para a capital com a família na infância, quando tinha oito anos de idade.

Ele mora na Zona Leste da cidade há 65 anos e fez carreira como executivo de importantes empresas do setor açucareiro.

Antes de ir para o trabalho todas as manhãs, Silva gostava de fazer caminhadas pelo Tiquatira. À época, o local tinha apenas um gramado e algumas árvores esparsas .

"Numa dessas andanças, percebi que a região estava ficando cada dia mais degradada. Aos poucos, o Tiquatira virava um depósito de lixo, surgiam minicracolândias, pessoas usavam o local como um motel a céu aberto, comerciantes aproveitavam para transformar os terrenos em estacionamentos de carros", lista ele.

 

Numa manhã de novembro de 2003, ele teve uma ideia.

"Falei para a minha esposa: vou mudar tudo aqui nos próximos dez anos", projetou ele.

"Ela me perguntou o que eu ia fazer. E disse: vou trazer de volta as árvores que existiam aqui há 150 ou 200 anos."

Silva relata que foi totalmente desencorajado pela família e pelos amigos. Não é que eles não gostassem da ideia, só achavam uma iniciativa dessas poderia incomodar e representar até um risco à segurança dele próprio.

"Mas pensei: se acontecer tudo o que eles falavam, ou seja, iriam me agredir, destruir as árvores, o poder público e os comerciantes viriam me ameaçar, é aí que faria mesmo", lembra ele.

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Silva viajou para o interior paulista e comprou as primeiras 200 mudas de árvores para iniciar o projeto.

"Depois de três ou quatro meses do plantio, todas haviam sido destruídas."

A mesma cena se repetiu na segunda tentativa, quando ele espalhou 400 mudas pelo Tiquatira.

"E o pessoal me falava: 'Está vendo? Falamos que iam destruir tudo. E agora, o que você vai fazer?'", relata ele.

"Bem, agora eu vou plantar 5 mil árvores", respondeu à época.

Silva confessa que via esse desafio como um "gatilho", uma "provocação". A cada árvore destruída, ele sentia a necessidade de plantar mais duas, três ou quantas fossem necessárias para que os opositores da ideia desistissem.

Surge um novo parque
Após vencer essas primeiras resistências — e as árvores finalmente terem paz para crescer e prosperar — Silva começou a articular apoios para dar continuidade ao projeto.

Nessa época, ele conheceu um personagem relevante nessa história: Eduardo Jorge, que foi secretário do Meio Ambiente de São Paulo entre 2005 e 2012, durante as prefeituras de José Serra e Gilberto Kassab.

Em entrevista à BBC News Brasil, Jorge conta que a sua gestão promoveu uma "agenda de adaptação" às mudanças climáticas — e uma das ações era justamente expandir as áreas verdes da cidade.

O então secretário conheceu Silva no início de sua gestão na secretaria, durante uma feira comercial de produtos orgânicos, onde acabou convidado a visitar o Tiquatira.

"Eu fui e vi que ele já havia começado a plantar por iniciativa própria, com coragem e determinação. A depender da istração da vez, o projeto que ele havia começado era acolhido e visto com bons olhos; em outras, achavam que ele estava invadindo uma área pública", avalia Jorge.

"Nós amos a incentivar o que ele estava fazendo no Tiquatira", pontua o ex-secretário.

Jorge detalha que orientou os agrônomos e as subprefeituras que atuam nessa parte da Zona Leste de SP a terem "boa vontade, em vez de prejudicar o trabalho" de Silva.

"Com isso, ele conseguiu acelerar ainda mais o plantio. Hoje, o Tiquatira é o maior parque linear dentro da cidade de São Paulo", comemora o ex-secretário.

 O termo "parque linear" refere-se ao tipo de área verde que tem mais comprimento que largura.

No caso do Tiquatira, falamos uma "faixa verde" de 3 km de extensão e 192 mil m² de área que margeia um córrego de mesmo nome. Ele começa nas imediações da Marginal Tietê e segue até a Avenida São Miguel.

Aliás, o local foi oficialmente reconhecido como parque pela prefeitura em 2008 — embora a densidade atual da vegetação já faça muitos (incluindo o próprio Silva) a considerarem o local uma floresta urbana.

Segundo os registros de Silva, na época da oficialização do parque ele havia plantado cinco mil árvores. Atualmente, essa conta já ultraa a casa das 40 mil.

Vale destacar aqui que não existe nenhuma lei na cidade de São Paulo que proíba um cidadão de plantar uma árvore numa área pública ou particular.

No entanto, a prefeitura orienta que as pessoas interessadas em fazer isso solicitem uma autorização junto aos órgãos componentes.

A Secretaria do Verde e do Meio Ambiente possui, inclusive, um manual para ajudar a escolher a espécie mais indicada para cada local.

Urbanizar a Mata Atlântica
Silva diz que sempre teve como objetivo trazer a Mata Atlântica — um dos seis biomas brasileiros, ao lado de Caatinga, Cerrado, Pantanal, Amazônia e Pampa — de volta à maior metrópole brasileira.

"A partir da urbanização, a Mata Atlântica foi expulsa, chutada para longe. Mas aqui é o lugar dela. Talvez não seja o nosso lugar, mas garanto que é o dela."

Não custa lembrar que a Mata Atlântica é o bioma mais devastado do Brasil. Essa região é o lar de 72% da população do país e concentra 80% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional.

Mesmo assim, restam apenas 24% da Mata Atlântica original. Disso, apenas 12% são consideradas áreas de floresta madura e bem preservada.

Vista aérea do TiquatiraCrédito,Vitor Serrano/BBC News Brasil tivo de importantes empresas do setor açucareiro.

Antes de ir para o trabalho todas as manhãs, Silva gostava de fazer caminhadas pelo Tiquatira. À época, o local tinha apenas um gramado e algumas árvores esparsas .

"Numa dessas andanças, percebi que a região estava ficando cada dia mais degradada. Aos poucos, o Tiquatira virava um depósito de lixo, surgiam minicracolândias, pessoas usavam o local como um motel a céu aberto, comerciantes aproveitavam para transformar os terrenos em estacionamentos de carros", lista ele.

 

Numa manhã de novembro de 2003, ele teve uma ideia.

"Falei para a minha esposa: vou mudar tudo aqui nos próximos dez anos", projetou ele.

"Ela me perguntou o que eu ia fazer. E disse: vou trazer de volta as árvores que existiam aqui há 150 ou 200 anos."

Silva relata que foi totalmente desencorajado pela família e pelos amigos. Não é que eles não gostassem da ideia, só achavam uma iniciativa dessas poderia incomodar e representar até um risco à segurança dele próprio.

"Mas pensei: se acontecer tudo o que eles falavam, ou seja, iriam me agredir, destruir as árvores, o poder público e os comerciantes viriam me ameaçar, é aí que faria mesmo", lembra ele.

Silva viajou para o interior paulista e comprou as primeiras 200 mudas de árvores para iniciar o projeto.

"Depois de três ou quatro meses do plantio, todas haviam sido destruídas."

A mesma cena se repetiu na segunda tentativa, quando ele espalhou 400 mudas pelo Tiquatira.

"E o pessoal me falava: 'Está vendo? Falamos que iam destruir tudo. E agora, o que você vai fazer?'", relata ele.

"Bem, agora eu vou plantar 5 mil árvores", respondeu à época.

Silva confessa que via esse desafio como um "gatilho", uma "provocação". A cada árvore destruída, ele sentia a necessidade de plantar mais duas, três ou quantas fossem necessárias para que os opositores da ideia desistissem.

Surge um novo parque
Após vencer essas primeiras resistências — e as árvores finalmente terem paz para crescer e prosperar — Silva começou a articular apoios para dar continuidade ao projeto.

Nessa época, ele conheceu um personagem relevante nessa história: Eduardo Jorge, que foi secretário do Meio Ambiente de São Paulo entre 2005 e 2012, durante as prefeituras de José Serra e Gilberto Kassab.

Em entrevista à BBC News Brasil, Jorge conta que a sua gestão promoveu uma "agenda de adaptação" às mudanças climáticas — e uma das ações era justamente expandir as áreas verdes da cidade.

O então secretário conheceu Silva no início de sua gestão na secretaria, durante uma feira comercial de produtos orgânicos, onde acabou convidado a visitar o Tiquatira.

"Eu fui e vi que ele já havia começado a plantar por iniciativa própria, com coragem e determinação. A depender da istração da vez, o projeto que ele havia começado era acolhido e visto com bons olhos; em outras, achavam que ele estava invadindo uma área pública", avalia Jorge.

"Nós amos a incentivar o que ele estava fazendo no Tiquatira", pontua o ex-secretário.

Jorge detalha que orientou os agrônomos e as subprefeituras que atuam nessa parte da Zona Leste de SP a terem "boa vontade, em vez de prejudicar o trabalho" de Silva.

"Com isso, ele conseguiu acelerar ainda mais o plantio. Hoje, o Tiquatira é o maior parque linear dentro da cidade de São Paulo", comemora o ex-secretário.

 O termo "parque linear" refere-se ao tipo de área verde que tem mais comprimento que largura.

No caso do Tiquatira, falamos uma "faixa verde" de 3 km de extensão e 192 mil m² de área que margeia um córrego de mesmo nome. Ele começa nas imediações da Marginal Tietê e segue até a Avenida São Miguel.

Aliás, o local foi oficialmente reconhecido como parque pela prefeitura em 2008 — embora a densidade atual da vegetação já faça muitos (incluindo o próprio Silva) a considerarem o local uma floresta urbana.

Segundo os registros de Silva, na época da oficialização do parque ele havia plantado cinco mil árvores. Atualmente, essa conta já ultraa a casa das 40 mil.

Vale destacar aqui que não existe nenhuma lei na cidade de São Paulo que proíba um cidadão de plantar uma árvore numa área pública ou particular.

No entanto, a prefeitura orienta que as pessoas interessadas em fazer isso solicitem uma autorização junto aos órgãos componentes.

A Secretaria do Verde e do Meio Ambiente possui, inclusive, um manual para ajudar a escolher a espécie mais indicada para cada local.

Urbanizar a Mata Atlântica
Silva diz que sempre teve como objetivo trazer a Mata Atlântica — um dos seis biomas brasileiros, ao lado de Caatinga, Cerrado, Pantanal, Amazônia e Pampa — de volta à maior metrópole brasileira.

"A partir da urbanização, a Mata Atlântica foi expulsa, chutada para longe. Mas aqui é o lugar dela. Talvez não seja o nosso lugar, mas garanto que é o dela."

Não custa lembrar que a Mata Atlântica é o bioma mais devastado do Brasil. Essa região é o lar de 72% da população do país e concentra 80% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional.

Mesmo assim, restam apenas 24% da Mata Atlântica original. Disso, apenas 12% são consideradas áreas de floresta madura e bem preservada.

Mas o que significa "urbanizar a Mata Atlântica", como pretende Silva?

"Isso representa um resgate de nossa própria humanidade, de um convívio saudável com a natureza. Precisamos pensar a partir desse lugar, a metrópole de São Paulo, que está inserida na Mata Atlântica. Urbanizar então é devolver ao local esse direito [de ter mais áreas verdes]", responde o biólogo Cesar Pegoraro, mobilizador da causa Água Limpa da ong SOS Mata Atlântica.

"Manter uma área verde como essa [o Tiquatira] traz uma série de vantagens para o ambiente urbano e muitos incrementos à qualidade de vida das pessoas. Ter biodiversidade perto de onde moramos é muito importante para a estabilidade humana", complementa ele.

O especialista destaca como povoados, cidades e civilizações inteiras se instalaram em regiões com rios e natureza — e como essa troca com os recursos naturais foi, é e sempre será importante para a nossa espécie.

Para transformar o Tiquatira numa área densamente vegetada, Silva foi estudar um pouco de agronomia, para entender como otimizar esse trabalho.

"É preciso plantar a árvore certa no lugar certo", reforça ele.

Uma das estratégias que ele adota até hoje é a de plantar uma espécie frutífera a cada 12 mudas que vão para a terra. Todas elas são típicas da Mata Atlântica.

"Desde o primeiro dia foi assim. Essa é uma maneira de atrair pássaros, de atrair vida", explica ele.

Hoje em dia, basta fazer uma breve caminhada pelo Tiquatira para ver e ouvir dezenas de espécies de aves — frequentadores já avistaram até tucanos, que voam do Parque Várzeas do Tietê, que fica nas proximidades, até ali.

"Esses animais são grandes disseminadores de sementes e ajudam muito a plantar e espalhar as árvores", nota Silva.

Outro ser vivo que ou a aparecer com frequência na região foram as cigarras.

Quando a reportagem da BBC News Brasil visitou o Tiquatira pela primeira vez em novembro de 2024, o período de acasalamento desses insetos havia terminado há pouco e era possível ver centenas de carapaças deles nos troncos das árvores.

Mudanças profundas
Após duas décadas de trabalho e 40 mil árvores plantadas, Silva entende que a região está absolutamente transformada.

"A principal coisa que aconteceu aqui foi o resgate da autoestima das pessoas. Eu sinto o prazer que elas têm ao caminhar no parque", observa ele.

Quem circula pelo Tiquatira faz uma avaliação parecida.

Mariana, de 27 anos, realizava uma caminhada no parque quando parou para conversar com a reportagem da BBC News Brasil.

Ela diz que se sente feliz de ter uma área verde próxima de casa para se exercitar.

"As pessoas aram a frequentar muito mais o parque. Agora ele está bonito e bem estruturado. Abriram mais comércios ao redor, então temos mais bares e restaurantes, que atraem muita gente", observa ela.

Mariana também diz que o Tiquatira ganhou uma importância na vida cotidiana dela. "Esse é um lugar que venho para desestressar, fazer amizades, conhecer as pessoas e observar os bichinhos que am por aqui", lista ela.

Já Neide, que circula por essa região de São Paulo há 37 anos e mantém uma barraca onde vende bebidas e alguns petiscos no parque, afirma que "não trocaria o Tiquatira por nada".

"Esse lugar representa meu trabalho, meus amigos, as várias pessoas que conheci e amo", confessa ela.

Um refúgio contra o calor
O surgimento dessa verdadeira floresta urbana também ajuda a lidar com problemas cada vez mais frequentes relacionados às mudanças climáticas, como as ondas de calor.

A física Regina Maura de Miranda, da Escola de Artes, Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo (Each-USP) explica que as áreas verdes "são extremamente importantes em regiões urbanas".

"Parques, hortas, paredes com plantas, qualquer espaço com vegetação, todos são sempre bem-vindos", contextualiza ela.

"Isso se deve principalmente ao conforto térmico. Temos muitas evidências científicas que mostram que bairros arborizados apresentam temperaturas mais amenas."

A pesquisadora lembra que a Zona Leste de SP é uma das áreas mais impermeabilizadas da cidade.

"E quando vemos mapas de temperatura de superfície, essa região apresenta uma tendência de ter temperaturas mais altas", compara ela.

Os frequentadores do parque veem isso na prática.

"Quando chego no parque, já percebo um frescor. Quando estou no asfalto, nas ruas, mesmo nas proximidades, sinto muito mais calor", relata Mariana.

"Eu gosto de vir para o Tiquatira porque aqui é frequinho e isso ajuda a aliviar esse calorzão", complementa ela.

"Se não fossem essas árvores que fazem sombra, estaria bem pior o calor aqui", concorda Neide.

Os próximos os
Silva ainda vai praticamente todos os dias no Parque Tiquatira e continua a plantar árvores — desde o início do projeto, ele custeou do próprio bolso a compra das mudas e de todos os insumos necessários, como adubo e fertilizantes.

"É muito gostoso plantar uma árvore. E mais gostoso ainda é vê-la crescer e te olhar. Enquanto nós conversamos aqui, elas escutam tudo o que dizemos", acredita ele.

Silva tem o costume de dialogar com as árvores — e diz que houve respostas, sempre no tempo das plantas.

O plantador de árvores deseja superar a marca de 50 mil mudas na terra do Tiquatira. Mas não acha que chegar a essa marca representará um fim do trabalho.

Ele também articula a instalação de pequenas bibliotecas públicas ao longo do parque, para que as pessoas possam pegar livros emprestados.

E ainda aceita os muitos convites para conversas e palestras, particularmente em escolas, onde deseja inspirar uma nova geração de plantadores de árvores.

"Eu já fiz um trato com Deus: não vou morrer, vou virar uma árvore."

"O dia que você quiser conversar comigo, basta vir aqui e falar. E talvez eu até te responda… Só não vale ficar com medo e sair correndo", brinca ele.

 

 

Da BBC News Brasil em Londres

Lady Gaga no Rio: palco começa a ser montado na praia de Copacabana 3662t

Começou a preparação para o show da Lady Gaga no Rio de Janeiro. A cantora vai se apresentar no dia 3 de maio e, nesta segunda (07), a praia de Copacabana já recebe a estrutura que será usada na montagem do palco. Os organizadores esperam um público superior a 1 milhão de pessoas.

O show foi confirmado no dia 21 de março, e a cantora escreveu que a apresentação será inesquecível.

"É uma grande honra ser convidada para cantar para o Rio — durante toda a minha carreira, os fãs no Brasil têm sido parte da força vital dos 'little monsters' [apelido dos seus fãs]. Eu estava morrendo de vontade de ir me apresentar para vocês há anos e fiquei de coração partido quando tive que cancelar anos atrás porque estava hospitalizada".

O som que faz 'curva' e chega só ao seu ouvido no meio da multidão c2b4i

E se você pudesse ouvir música ou um podcast sem fones de ouvido e sem incomodar ninguém ao seu redor? Ou ter uma conversa particular em público sem que outras pessoas o ouçam?

Nossa pesquisa recém-publicada apresenta uma maneira de criar enclaves de áudio — bolsões localizados de som isolados do resto do ambiente. Em outras palavras, desenvolvemos uma tecnologia que pode criar som exatamente onde ele precisa estar.

A capacidade de enviar um som que se torna audível apenas em um local específico pode transformar o entretenimento, a comunicação e as experiências de áudio espacial.

O que é som?
O som é uma vibração que viaja pelo ar como uma onda. Essas ondas são criadas quando um objeto se move para frente e para trás, comprimindo e descomprimindo as moléculas de ar.

A frequência dessas vibrações é o que determina o tom. As baixas frequências correspondem a sons graves, como um bumbo; as altas frequências correspondem a sons agudos, como um apito.

É difícil controlar para onde o som vai por causa de um fenômeno chamado difração — a tendência das ondas sonoras de se espalharem à medida que viajam. Esse efeito é particularmente forte para sons de baixa frequência devido aos seus comprimentos de onda mais longos, tornando quase impossível manter o som confinado a uma área específica.

Certas tecnologias de áudio, como alto-falantes de matriz paramétrica, podem criar feixes de som focalizados direcionados a uma direção específica. No entanto, essas tecnologias ainda emitem som que é audível ao longo de todo o seu caminho enquanto viaja pelo espaço.

 

Descobrimos uma nova maneira de enviar o som para um ouvinte específico: por meio de feixes de ultrassom autoflexionados e um conceito chamado acústica não linear.

O ultrassom refere-se a ondas sonoras com frequências acima da faixa de audição humana, ou seja, acima de 20 kHz. Essas ondas viajam pelo ar como ondas sonoras normais, mas são inaudíveis para as pessoas. Como o ultrassom pode penetrar em muitos materiais e interagir com objetos de maneiras únicas, ele é amplamente usado para imagens médicas e muitas aplicações industriais.

Em nosso trabalho, usamos o ultrassom como um transportador de som audível. Ele pode transportar o som pelo espaço silenciosamente, tornando-se audível somente quando desejado. Como fizemos isso?

Normalmente, as ondas sonoras se combinam linearmente, o que significa que elas se somam proporcionalmente em uma onda maior. Entretanto, quando as ondas sonoras são suficientemente intensas, elas podem interagir de forma não linear, gerando novas frequências que não estavam presentes antes.

Asteroide que ameaçava a Terra agora pode atingir a Lua 342z4i

Um asteroide que gerou temores de uma colisão com a Terra agora tem quase 4% de probabilidade de atingir a Lua, segundo dados do telescópio espacial James Webb.

Estima-se que o asteroide tenha cerca de 60 metros e capacidade para destruir uma cidade caso atingisse nosso planeta. A hipótese de uma colisão contra a Terra foi descartada, mas ela já chegou a ser considerada "alta": 3,1%. Essa foi a maior probabilidade já medida pelos cientistas de um asteroide impactar a Terra.

Mas após uma série de observações posteriores, os cientistas acabaram descartando que o asteroide - denominado 2024 YR4 - vá atingir a Terra em 22 de dezembro de 2032.

Riscos para a Lua em alta

No entanto, as probabilidades de ele se chocar com o satélite natural do nosso planeta têm aumentado constantemente.

Depois que o telescópio Webb voltou suas poderosas lentes para o asteroide no mês ado e novos cálculos foram feitos, a probabilidade de um impacto com a Lua agora foi estimada em 3,8%, segundo a Nasa.

Musculação protege cérebro de idosos contra atrofia e doenças como Alzheimer, aponta Unicamp 724447

Um estudo da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) indicou que a musculação protege o cérebro de idosos contra demências e doenças como Alzheimer. Os resultados foram publicados pela revista americana GeroScience, em janeiro deste ano.

A pesquisa acompanhou 44 idosos no interior de São Paulo diagnosticados com comprometimento cognitivo leve - um quadro clínico considerado "pré-Alzheimer", segundo a doutora em neurociência pela Faculdade de Ciências Médicas (FCM) da Unicamp Isadora Ribeiro, responsável pelo estudo.

De acordo com a pesquisadora, no comprometimento cognitivo leve, o paciente é sintomático, mas não atinge uma pontuação ideal para receber o diagnóstico de Alzheimer quando é submetido a testes neuropsicológicos.

Os participantes foram divididos em dois grupos: metade realizou treino de força com progressão de carga duas vezes na semana, ao longo de seis meses. Os demais não realizaram qualquer exercício físico no período.

Os participantes que faziam treino de força mostraram uma melhor performance da memória, além de apresentarem alterações na anatomia cerebral, e em alguns casos, a remissão do quadro clínico.

A pesquisa foi conduzida no Instituto de Pesquisa sobre Neurociências e Neurotecnologia em Campinas (SP), um centro de pesquisa da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) dentro do campus da Unicamp.

 Mudança na anatomia e remissão

Ao fim dos seis meses de estudo, o grupo que praticou a musculação apresentou uma proteção parcial contra a redução do volume no hipocampo e do pré-cutâneo, regiões do cérebro que exercem papel importante na memória e na cognição. Já o o grupo que não fez o exercício desenvolveu a atrofia.

dois idosos que não praticaram musculação converteram o quadro inicial para a doença de Alzheimer
e cinco que praticaram a musculação, não pontuaram no teste neuropsicológico, indicando que estavam com a cognição preservada.

"Quem fez a musculação, a redução do volume do cérebro parou naquelas regiões [hipocampo e do pré-cutâneo]. E quem não fez, continuou", afirma a pesquisadora.

 Em entrevista ao g1, a e responsável pelo estudo, explicou que, apesar de já ser comprovado que o aumento da força muscular está relacionado com o crescimento da cognição, ela queria entender qual seria a alteração no cérebro.

"Já sabíamos que alguns tipos de exercício melhoravam a cognição em idosos, como os exercícios aeróbicos, entre outros. Mas a gente queria ver, com o treinamento de força, o que acontecia. Porque o aumento da força muscular está relacionado com o aumento da cognição, e também com a diminuição da incidência da doença de Alzheimer", explica a a pesquisadora.

"'Eles têm uma perda cognitiva acentuada de memória ou de atenção, ou até de funções executivas, que estão relacionadas com o planejamento de atividades da vida diária", diz Ribeiro.

Saúde dos neurônios

O trabalho foi o primeiro a demonstrar o que acontece com a integridade da substância branca —tecido do sistema nervoso que constitui as redes neurais relacionadas a funções cognitivas — dos idosos diagnosticados com comprometimento cognitivo leve após a prática de musculação.

Ribeiro explica que, além de perceber o que acontece com o volume do cérebro após uma intervenção com a musculação, também observou que o treino de força melhorou a "saúde dos neurônios".

Preço máximo de medicamentos sobe nesta segunda; veja o que muda 3q664w

Os preços dos medicamentos terão reajuste a partir desta segunda-feira (31). A mudança foi oficializada após publicação no Diário Oficial da União (DOU).

O valor, estabelecido pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED), funcionará como um teto de aumento para todo o setor farmacêutico. O impacto, no entanto, não é imediato e pode demorar até ser sentido pelo consumidor (entenda a seguir).

A start-up que se prepara para extrair minérios de asteroides 3a3x4a

Há trinta anos, o influente programa de ciência Tomorrow's World, da BBC, fez algumas previsões sobre como o mundo seria em 2025.

Foi uma prova de como é difícil prever o futuro tecnológico: o programa cogitou que teríamos implantes de microchips para nos ajudar a usar caixas eletrônicos, conversaríamos com assistentes holográficos em nossas casas, e haveria motins por causa do o à internet.

O episódio também sugeriu que já estaríamos extraindo minérios dos asteroides. E, embora ainda não tenhamos chegado lá, algumas start-ups afirmam que isso vai acontecer mais cedo do que muitos imaginavam.

O fundador da empresa AstroForge, com sede na Califórnia, acredita que ela vai ser a primeira a fazer isso, e a companhia já deu os primeiros os.

 Em 27 de fevereiro de 2025, a empresa lançou sua primeira espaçonave não tripulada de US$ 6,5 milhões em um foguete Falcon 9, da SpaceX, do Centro Espacial Kennedy, na Flórida.

Cerca de nove dias depois, a AstroForge acreditava que a espaçonave — chamada Odin — provavelmente já havia ado pela Lua, e entrado no espaço profundo, conforme planejado.

Infelizmente, a AstroForge enfrentou grandes problemas de comunicação com a Odin, que ainda estava tentando solucionar no momento em que esta reportagem foi escrita.

A empresa espera que a Odin tenha entrado agora em sua rota de nove meses até o destino da missão: um sobrevoo pelo asteroide 2022 OB5, cuidadosamente pré-selecionado, a cerca de oito milhões de quilômetros da Terra, cuja composição será avaliada pela Odin usando seus sensores.

Matt Gialich, o efusivo fundador da AstroForge, não se deixa dissuadir pelo problema técnico talvez insolúvel.

Após mortandade de peixes em água esverdeada do Rio Tietê, governo anuncia medidas para ajudar piscicultores afetados no interior de SP 3m5921

Após os registros de mortandade de peixes na água do Rio Tietê com coloração esverdeada, o Governo de São Paulo anunciou medidas para auxiliar piscicultores afetados nas regiões de São José do Rio Preto e Araçatuba (SP).

Em reunião, realizada em São Paulo (SP) na terça-feira (25), o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) falou sobre a liberação de crédito para piscicultores que tiveram prejuízos financeiros e estão impossibilitados de exercer a atividade devido à água contaminada.

Em um vídeo, Tarcísio falou sobre a liberação de crédito e garantiu que os trabalhadores afetados, como é o caso registrado em Zacarias (SP), serão acompanhados de perto pela Secretaria Estadual de Agricultura (assista acima).

"Primeiramente, a gente está falando de uma fiscalização forte na Cetesb. A gente também tem a questão do crédito que vai ser liberado para os piscicultores. Vamos iniciar esse processo de cadastramento para que a possamos dar um auxílio financeiro imediato, já que houve um grande prejuízo para a produção" , explica.

O governador também falou sobre medidas que foram estruturadas com a Companhia Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), em conjunto com a Universaliza SP, para garantir que os casos de eutrofização não ocorram no futuro e que a carga orgânica despejada na água seja diminuída.

Além do auxilio financeiro em caráter emergencial para os piscicultores prejudicados, segundo Tarcísio, as ações tomadas também visam favorecer aqueles que vão migrar de área, adiantando as autorizações especiais para que eles possam exercer essas atividades em outros locais.

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